segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Intercessão

O segundo nível envolve as orações que são realizadas por nós, pedindo a Deus para que atenda a necessidade de outras pessoas e não as nossas necessidades pessoais. Esta é a oração de intercessão.
O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa de outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade ao ponto de lutar em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples e completa está na bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tiago 5:16). Também encontramos outros exemplos na bíblia como o patriarca Abraão que suplicou por Ló, seu sobrinho e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; o profeta Moisés intercedeu por seu povo Israel e foi ouvido; o profeta Samuel orou constantemente pela nação; o profeta Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; o rei Davi suplicou pelo povo de Israel; Jesus Cristo rogou por seus discípulos e fez especial intercessão pelo apóstolo Pedro; o apóstolo Paulo é exemplo de constante intercessão. Mas, isso não aconteceu somente nos tempos bíblicos, toda a Igreja é chamada ao ministério da intercessão.
A oração de intercessão é muito abrangente e engloba qualquer assunto, desde orar pela salvação de um pecador até rogar as bênçãos de Deus sobre um grande evangelista, um missionário ou um pastor. Deus ordenou que intercedêssemos em favor dos perdidos, pois essa é a maneira fundamental pela qual ele trabalha para salvá-los. Sua Palavra diz: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões e ações de graças, em favor de todos os homens” (I Timóteo 2:1). A oração de intercessão tem ainda o auxílio do Espírito Santo o qual “intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8:26).
O resultado da intercessão é visível. Pode gerar novas situações em circunstâncias extremas; diferenças de atitude em pessoas, como mudança de caráter, libertação de vícios e hábitos prejudiciais à saúde individual ou coletiva ou a libertação de medos. Isto porque a oração intercessora tem poder no Espírito Santo para realizar curas em nome de Jesus Cristo. Também têm poder para resolver problemas pessoais, econômicos, políticos, simples ou complexos e até mesmo, para modificar os acontecimentos cotidianos, independente da distância. Podemos interceder por pessoas que estão em outro continente, em viagem, em hospitais ou dormindo. Deus conhece a todos pelo nome.
As orações de intercessão podem ser elevadas a Deus de forma individual ou coletiva. Ambas foram orientadas por Jesus. A oração coletiva é feita quando o corpo de Cristo, ou a igreja se une em oração. Jesus disse: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18:20). Quando os cristãos levantam sua voz a Deus, de modo unânime, não só na palavra ou expressão, mas no mesmo espírito de Cristo, como ocorreu na Igreja de Jerusalém, relatada em Atos (4:23-31), há uma grande liberação do poder de Deus. A Igreja cristã nasceu dentro dessa atmosfera de oração e a resposta dessa prática coletiva foi exatamente a manifestação do Espírito Santo sobre a comunidade da Igreja no dia de Pentecostes em Jerusalém. (Atos 1:4 e 2:4). Nos períodos de crises e dificuldades, a Igreja também buscou a Deus em oração como retrata o livro de Atos (4:21; 9:4;10:9;16:25; 28:8) e obteve respostas poderosas. Até hoje o poder da intercessão se manifesta da mesma maneira.
No entanto, antes de ser um intercessor bem sucedido, é necessário aprender a encontrar respostas para as próprias orações. Todo conhecimento sobre oração deve ser praticado para que produza efeito. É importante colocarmos nas mãos de Deus a ordem das coisas presentes para que sejam modificadas, mesmo que essa modificação exija, antes de tudo, a nossa própria transformação. É importante experimentar os diversos tipos de oração, separando uma hora com Deus de forma organizada, a fim de ajudar a formação de um hábito e disciplina de oração de acordo com os princípios estabelecidos na Palavra de Deus.
A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de intercessão, mas cada crente tem uma vocação de Deus para interceder. No entanto, quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer: "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens " (I Timóteo 2:1).
Fazer intercessões e súplicas por todos, deve ser uma prática em nossa vida. Deus age na terra por meio da intercessão, ou seja, cada oração nossa realiza alguma coisa no reino do espírito. Um dia que passamos sem interceder, é um dia em que perdemos a oportunidade de atuar de alguma forma no mundo espiritual, com conseqüências no mundo natural, e esta oportunidade não voltará jamais.
Muitas crises surgem em nossa vida por falta de oração. Fomos chamados para interceder e não atender a esse chamado é viver em pecado. Compreendemos isto quando observamos a declaração do profeta Samuel, diante do pedido do povo para que clamasse a seu favor. Eles estavam com medo de morrer por causa dos seus pecados. Suas palavras foram: "longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vós; eu vos ensinarei o caminho bom e direito" (I Samuel. 12:23).
Deus tem um propósito para o homem em seu coração, e precisa dos seus filhos para que esse propósito se estabeleça. Se entendermos isso, não esperaremos sobrar um tempinho para orar, mas faremos da intercessão uma das prioridades em nossa vida.
A arte da oração intercessória, conhecida nos primeiros tempos, foi virtualmente perdida nos anos recentes.

By Ro Archela

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