segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O medo é um dos maiores problemas da vida humana


Alguns pesquisadores[1] o classificam em medos permanentes - como o medo da morte e do desconhecido; medos cíclicos - como o medo do fim do mundo; e os medos contextuais - que não existiam antes porque a situação não existia como, por exemplo, o medo da AIDS.
Independente do tipo, o medo pode provocar uma reação física diferentes para cada pessoa. São mais comuns a descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Também pode demandar uma atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor e até mesmo, levar a depressão e ao pânico.  O medo implícito influencia ocultamente as decisões e escolhas que os indivíduos têm que realizar durante a vida. Sendo assim, a escolha de uma profissão, o ciclo de amizades, a saída da casa dos pais, e, até mesmo, a escolha de parceiros para relacionamentos, podem ser afetadas pela antecipação mental que o sujeito faz das situações que acha que irá enfrentar.
O medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação e imaginação) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina e cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.
A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que lhe causa medo. Sendo assim, é possível traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade.
O medo pode se transformar em uma doença (fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psíquico. O termo “fobia” tem origem na Grécia Antiga e foi inspirado no deus grego do medo, Fobus. As fobias representam um tipo de medo intenso, irracional e incontrolável de objetos, ou de situações específicas. Sob o ponto de vista clínico, no âmbito da psicopatologia, as fobias fazem parte do espectro das doenças de ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações particulares.


[1] DELUMEAU, Jean. História do Medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

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